domingo, 22 de novembro de 2009

Biocombustíveis

Biocombustíveis são combustíveis de origem biológica não fóssil.
Normalmente, são produzidos a partir de material orgânico que gere energia, por exemplo plantas, e que tenha potencial económico aproveitável, como a cana-de-açúcar, beterraba, milho, soja e mandioca, sendo a maior parte destas plantas produzidas apenas para este fim.

Hoje em dia, são maioritariamente utilizados para diminuir o preço dos combustíveis para automóveis e diminuir as emissões destes. A sua procura é tanta que países como a China começam a comprar terrenos em países desfavorecidos, mais frequentemente nos países do continente africano, de forma a suprir as suas necessidades em termos de procura destes combustíveis.

Em Portugal, são considerados, segundo a lei, biocombustíveis os seguintes produtos:
  • Bioetanol
  • Biodiesel
  • Biohidrogénio
  • Biogás

Vantagens


Os biocombustíveis são apresentados como alternativas aos combustíveis fósseis, uma vez que são energias renováveis. No entanto, há quem afirme que estes combustíveis não são alternativas às actuais fontes de energia visto que não são livres de emissões, apesar de o carbono que estes combustíveis emitem ser o mesmo carbono que as plantas "aprisionaram" durante a fotossíntese.

Actualmente, em muitos países, já se utilizam estes combustíveis ou na sua forma pura, ou em percentagem misturados com os 'combustíveis tradicionais'.

Balanço Ambiental


O balanço ambiental dos biocombustíveis depende do tipo de biocombustível e do tipo de agricultura praticado na obtenção da matéria-prima.

No caso dos biocombustíveis resultantes da reciclagem de óleos usados pode-se considerar que há um balanço ambiental positivo, uma vez que estes óleos quando lançados na Natureza são altamente poluentes.

Quanto aos biocombustíveis obtidos a partir de produtos agrícolas há que ter em conta o impacto de adubos e pesticidas, o consumo de água e o impacto na biodiversidade, quando as culturas substituem áreas florestais. Em termos de emissões de carbono, é preciso ter também atenção à energia necessária para a produção dos adubos e pesticidas, para a locomoção dos tractores agrícolas e para o armazenamento e transporte dos produtos.

Muitas organizações mundiais, como por exemplo a OCDE e FAO, começam a questionar as vantagens destes combustíveis uma vez que a grande procura da matéria-prima para a produção de biocombustíveis tem levado a um grande aumento do preço dos cereais e a uma carência dos stocks destes para consumo. Com o aumentos da procura dos produtos e a diminuição da disponibilidade destes prevê-se que se possam a vir passar grandes períodos de fome global, com grande acentuação nos países mais desfavorecidos.

Outros problemas que derivam da produção intensa de produtos agrícolas para a produção dos biocombustíveis são a desflorestação e a seca. Um caso muito preocupante é a desflorestação da floresta amazónica, em que a produção de cana-de-açúcar tem devastado áreas imensas da Amazónia, a maior área verde do plante Terra. Também têm ocorrido, em certos países, casos de seca devido ao grande consumo de água das plantações.

Desta forma, não se poderá ver os biocombustíveis como as futuras fontes energéticas, mas sim como intermédias enquanto outras fontes e processos mais promissores e livres de grandes impactos são investigados e desenvolvidos, de forma a serem mais proveitosos em benefício tanto da Humanidade, como do planeta e restantes seres vivos.

Sem comentários:

Enviar um comentário